quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os integrantes do Sistema I/O gatos - parte 3: cachorros

          Bom, parece que não, mas temos cães também. Na verdade, estão conectados à rede Brendanieta, ou seja, vivem na casa da minha mãe. Até gosto muito deles... mas sabe quando é mais fácil preferir um comportamento ao outro? Não gosto quando eu chego e eles já vêm pulando e babando, lambendo meu pé, metendo o focinho onde não deve... gato não faz isso!!

          Mas tá, gosto deles assim mesmo. A verdade é que sempre tivemos cachorro. Começava com a velha utilidade de vigiar o quintal, mas sempre acabava sendo membro da família, com a diferença que não podiam entrar dentro de casa. Quer dizer, só quando meus pais estavam lá!

          Antes dos que temos agora, tínhamos o temível casal de fila que não gostava de gato: a Panther e o Robin. Assim que o Robin veio a óbito por uma super aguda doença de carrapato fulminante, minha mãe sentiu necessidade de um outro cachorro. Até que uma amiga me ofereceu um filhote de labrador. Coloquei o nome dele de Robin Jr. Assim que ele chegou, foi vermifugado, tomou primeira e a segunda dose de vacina importada, que eu monitorava a temperatura, mas infelizmente, contraiu parvovirose aguda e veio a óbito quatro dias depois, mesmo ficando no soro desde o primeiro vômito! Foi um baque, ninguém esperava por isso!

Panther à frente, Robin ao fundo, com um abcesso no joelho
causado por brigas com a Panther.


BÓRIS, O CÃO FRUGÍVORO

          Como eu já havia mencionado, eu trabalhava em um laboratório veterinário, e uma colega veterinária atendia um canil de boxers. Ela chegou com esse filhote com a pata amassada por um cavalo. A proprietária jurou que ele tinha sido colocado para dormir, pois o custo da cirurgia não compensava o valor de venda do cachorro! Mas a Dra. Yael Feferbaum achou que ele merecia outra chance e ficou sabendo da morte do Robin Jr. Eu pedindo para não ver a cara do cachorro, para não ficar com dó e levar comigo, mas não teve jeito. Ele estava muito chateado com toda a situação, qual cachorro não estaria?

          Trouxe o Bóris, que logo já estava grande e com a pata curada. Ele vivia com a velha Panther, que não se animava com a idéia de ter um cachorro lhe atazanando dia a dia. Aliás, o Bóris adora atazanar a todos! Ele adora frutas. Digo que ele é um cão frugívoro, pois basicamente se alimenta de frutas. Onde vive, há vários pés de manga e um de abacate. Ele fica só de butuca, esperando algum fruto maduro cair para ir correndo buscá-lo. E não deixa ninguém chegar perto, é como se estivesse com um osso na boca, e se você tentar tirar, leva um prêmio: uma mordida!


Bóris e Panther
Percebam a cara sempre feliz do Bóris, enquanto a Panther
não parece muito animada com o filhote de boxer!

          Hoje o Bóris já está com as fuças bem brancas, suas memoráveis canícies. Mas nem por isso deixou de ser um eterno filhotão, brinca o tempo todo e não se cansa de pular e correr. Acho que isso nem faz muito bem para os ossos dele, pois muitas vezes, paga caro por essas estripulias, mancando por vários dias. Ele é extremamente agitado, mas muito amável. E o mais importante: se dá bem com qualquer gato.

Felizão!!

ALVIN, O ALMA DE GATO

          Do lado desse mesmo laboratório veterinário, existia um galpão de empreiteira e um pessoal muito simpático que sempre trocava figurinha conosco. Lá também existiam uns cachorrinhos sem rabo que eu acreditava serem mestiços da raça Welsh Corgi. Uns, inclusive, pareciam bem apurados! Sempre que aparecia uma ninhada, os filhotes eram disputados a tapa! Acontece que os proprietários já não estavam mais satisfeitos com tanta cria.

Gente, eu não sabia que ele ia ficar peludo!

          A mãe do Alvin estava em trabalho de parto há mais de um dia, quando foi atendida por nós. Na cesárea havia um cãozinho morto obstruindo o canal de parto. O próximo, seria o Alvin, que a princípio era verde devido à coloração da placenta. Eles já estavam passando da hora do parto, como os cães ficam dois dias depois de nascidos. Já estavam bem grandes, com o pelo muito denso, e gritavam como cães mais velhos, não como recém nascidos!! Que estranho! E detalhe, todos haviam nascido com rabo. Aproveitando a cesárea, ela foi castrada também, que alívio!


Bóris ensinando ao Alvin a dura tarefa de ser um cão!

          Então, peguei esse branco, muito fofo, para fazer companhia ao Bóris, que aliás, amou a presença do novo amigo. A Panther não gostava muito de ninguém, já estava uma velha, decrépita e ranzinza, não contava como companhia ideal para um cão agitado como o Bóris. O Alvin é o mais calmo, digo que ele tem alma de gato. Mas está sempre brincando, e por isso mesmo, nunca para limpo. Ficou muito peludo, creio que seja mestiço de algum vira lata com poodle no meio. É um ótimo companheiro.

Qualquer posição me é confortável,
desde que eu esteja deitado!

          A Panther veio a óbito em 2006, em virtude da idade. Já não andava bem de saúde, uma noite foi dormir e não acordou mais! Já tinha problemas de articulação e de pele também. Creio que descansou, depois de uma longa vida feliz!


RABITO, O RUBINHO

          Em fevereiro de 2011 meu pai trouxe um filhote de Iporá. Era mestiço de pinscher com teckel. A princípio, não iríamos ficar com ele, mas ele acabou ficando. Segundo meu pai, era de uma ninhada que seria desfeita por não ser desejada. Tanto que ele chegou com 20 dias, estava muito novinho para ser desmamado.


          Segundo meu pai, a mãe do filhote comeu um pedaço do rabo dele, e por isso, foi chamado de Rabito. Eu odiei esse nome, achei meio bobo para um cachorro, novela Carrossel não dá, né! Então comecei a chamá-lo de Rubinho e ele atende, mas não pega de jeito nenhum, ninguém da família quer! Continuo tentando!

Pajeando o Elvis.
Pajeando a Mabel
Pajeando o Chris
          O Rubinho é o pai dos gatos. Sempre que chega um gatinho novo, ele que pajeia. A Mabel mamou muito nele quando filhote, ela ficava só esperando ele dormir para ir chupar a barriguinha dele. E foi um dos primeiros a contrair da dermatofitose da Mabel, mas hoje já está curado. Agora parece um cão mais calmo e educado, depois de tantos contratempos. Já não come mais a ração dos gatos e é um excelente alarme contra intrusos.


REDE LOCAL?

         Cães não formam rede local, devido a baixa eficiência na transmissão de dados. Sua presença ruidosa, suja e de forte odor apenas atrapalha. Porém eles fazem parte do banco de dados da rede Brendanieta, estando integrada a mesma, acrescentando: focinho cheio de baba, rabo batendo na cara dos outros, pisão no pé, patas sujas nas roupas, sujeira no quintal e ruídos intensos. Mas também servem para distrair os gatos e humanos. Para isso, são bons!

Percebam como o banco de dados é conectado à rede local!

8 comentários:

  1. Que delícia de imagens...
    Adorei o Rubinho(Rabito hehe), todo cheio de paciência com os felinos.
    Eu gosto de cachorros, mas não posso negar que somente os gatos me põem completamente a vontade... Acho que sou do tipo gente/gato mesmo... Meu braço fica meio endurecido, desajeitado ao fazer carinho em cachorro, rsrsr, fico fora da minha área... e é claro que os cães percebem e adivinha quem é a visita que eles primeiro vem cheirar?? A gateira aqui, cheia de cheirinhos da Mina, da Alemoa(gata do prédio) e do Johnny(gato dos meus pais):))))

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  2. Amei as fotos!
    Principalemnte do Rubinho com o gatinho! fofo demais *-*
    Adoro cães ;) E também adoro a recepção calorosa que eles fazem, pulando e badando, fazendo aquela festa! hehehe
    Mas também ano gatos! na verdade passei a gostar esse ano, quando uma gatinha apareceu aqui em casa!!!

    Beijos e tudo de bom!!!!

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  3. Adorei conhecer a rede canina. Eu sempre tive cachorro, mas quando vim morar em São Paulo meu marido era gateiro desda infância e acabei ganhando o Shake. Que os cachorros nõa me ouçam, mas confesso que hoje prefiro mil vezes os gatinhos, faceis de cuidar, limpos, silenciosos e amorosos.
    Acho um doce quando vejo gatinhos e cachorros juntos, fica muito fofo.
    Beijos

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  4. O Rubinho me conquistou, ele é uma graça, que amável. o Tom ia amar fazer ele de travesseiro, já que a Lilica não deixa. Que sorte o Alvim teve de ter vocês por perto na hora do parto. O Bóris tem uma carinha de arteiro mesmo. Eu também gosto de cães, mas o cheirinho deles me incomoda um pouco, mas acho que um dia ainda vamos ter um em nossa família. Adorei o post, bjs bom final de semana.

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  5. Adorei todos do banco de dados canino, mas Bóris deve ser o mais legal porque se dá bem com todo mundo. Tenho que confessar que compartilho da mesma opinião que você em relação aos cachorros. Desde que me assumi gateira, sou 100% gatos. Claro que continuo adorando os caninos, mas acho que não tenho mais perfil pra adotar um cachorro.
    Beijos

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  6. Eu amei a cachorrada maravilhosa desse sistema! Os cães que curtem gatos são incríveis e merecem uma vida muito feliz. Eu tenho gatos desde os 8 anos e meus pais nunca gostaram de cachorros mas eu me casei com um cachorreiro e fui obrigada a aguentar as patadas, rabadas, sujeira e cheiros ruins...
    As fotos de cães e gatos juntinhos são emocionantes! Se bem que eu nunca vi pessoalmente esses carinhos entre felinos e caninos...vai ver é montagem...kkk
    Beijos
    Laís

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  7. Oi Lívia,

    Na casa do meu pai é a mesma coisa: um Pastor que minhas irmãs chamaram de Emily (que eu já achava besta) e meu pai mudou pra Tchuca. Ela atende por Emily, Tchuca, Cachorro, Fofinha...qualquer coisa, desde que você tenha comida na mão.

    Pinha

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Entrem, insiram dados, fiquem à vontade. O sistema I/O Gatos fica muito feliz com sua presença!!

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